A gênese do ser psicossomático no desenvolvimento humano: um paradigma objetal para a Análise Bioenergética de pacientes com queixas orgânicas
Resumo
O texto objetiva realizar uma discussão sobre o diagnóstico, sintomatologia e tratamento psicoterápico de pacientes com queixas orgânicas, pondo em diálogo os conceitos desenvolvidos por autores representantes da teoria psicanalítica das relações objetais, a Psicossomática e a Análise Bioenergética. Apesar dos paradigmas diferenciados, percebemos muitas semelhanças na forma de compreender a gênese do sintoma psicossomático como fenômeno clínico. No tocante à etiologia ligada a falhas graves do ambiente no desenvolvimento emocional que interromperam a continuidade do ser do bebê, ambas as abordagens consideram a necessidade de uma terapia preocupada com o restabelecimento da capacidade de o paciente vincular-se, propiciando-lhe um setting de confiabilidade e segurança para suportar as angústias de enlouquecimento e dissociação, associadas à constituição de defesas esquizoides. Diferenças teóricas e técnicas são ressaltadas: a noção de estrutura de caráter em contraposição à noção de déficits no senso de Self; propõe-se a utilização de técnicas corporais de constituição de defesas, ao invés da tradicional visão catártica e de quebra das couraças; a atitude empática do terapeuta substitui a ênfase na atividade interpretativa. No entanto, conclui-se que essas ideias podem perfeitamente entrar em diálogo, de forma a contribuir para um maior potencial de saúde e integração psicossomática nesse tipo de pacientes.
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