Honrar o Corpo no Amor e na Dor

Autores

  • Jayme Panerai Alves Libertas Comunidade - Centro de Pós-graduação e Pesquisa/ Consultoria e Treinamento
  • Grace Wanderley de Barros Correia Libertas Comunidade - Centro de Pós-graduação e Pesquisa/ Consultoria e Treinamento

Resumo

Na nossa apresentação, focamos o corpo não apenas biológico, mas nas dimensões subjetivas, significantes, simbólicas, relacionais. O corpo como  expressão de si mesmo, nos aspectos cognitivo, emocional, afetivo, sexual, energético, espiritual, constituindo-se como unidade funcional. Abordamos as emoções como eventos corporais, que  deixam registros na memória celular, no percurso da história individual, desde a vida intrauterina, afetando e sendo afetada pelo ambiente, representado pela família, e contexto político-social mais amplo. O contato com as sensações e a escuta dos sinais corporais possibilitam a autopercepção e a compreensão da relação existencial eu/mundo. Honrar o corpo no amor e na dor significa acolher todas as emoções, expressá-las, adequadamente, buscando o autodomínio que liberte da emocionalidade. A respiração consciente pode ser a âncora que mantenha a conexão interna, externa e  a atenção plena no momento presente. Entre as diversas emoções, salientamos as que denominamos de emoções perturbadoras que exigem maior capacidade de autoexpressão e autodomínio. Focamos a vergonha, iniciando um diálogo entre os(as)  palestrantes que exemplificaram com narrativas de situações vividas, onde foi predominante a emoção referida. A vergonha tem uma característica que lhe é peculiar, no que se refere a esconder, não querer compartilhar, uma vez que está ligada a uma baixa autoestima, desencadeando um medo do julgamento das pessoas. Em seguida, abordamos a dor individual e coletiva, provocadas por catástrofes da natureza, acidentes, violências humanas. Narramos nossa experiência com comunidades vítimas de enchentes, em alguns estados do Brasil, explosão no México  e terremotos no Chile. Como consequência da violência, compartilhamos nossa experiência profissional numa escola do Rio de Janeiro onde 12 crianças foram assassinadas, um estrupo coletivo no Piauí e a morte de crianças num incêndio provocado, em uma escola em Minas Gerais. Em todas as situações, potencialmente traumáticas, narramos a repercussão emocional nas  comunidades e também socializamos como fomos afetados diante do horror de violências absurdas, provocadoras de tanta dor , impotência e perplexidade. Finalizamos, solicitando à plateia fazer conexão com o corpo, respirando  profundo e, depois, escutando uma música suave, favorecendo um ambiente calmo.

 

Palavras-chaves: Corpo. Emoção. Violência. Dor

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Biografia do Autor

Jayme Panerai Alves, Libertas Comunidade - Centro de Pós-graduação e Pesquisa/ Consultoria e Treinamento

 

Libertas Comunidade - Centro de Pós-graduação e Pesquisa/ Consultoria e Treinamento.

Contato: jaymelibertas@gmail.com

Grace Wanderley de Barros Correia, Libertas Comunidade - Centro de Pós-graduação e Pesquisa/ Consultoria e Treinamento

Sócia-diretora do Libertas Comunidade - Centro de Pós-graduação e Pesquisa/ Consultoria e Treinamento. Psicoterapeuta, palestrante e conferencista. Detem larga experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Educacional e Clínica. Fomação internacional em Análise Bioenergética, pelo International for Bioenergetic Analysis - Nova York. Contato: gracelibertas@gmail.com.

Referências

ALVES, J. P.; CORREIA, G. W. B. O Corpo nos grupos: experiências em análise bioenergética. 4ª ed. Recife: Libertas, 2014.

BERCELLI, D. Exercícios para liberação do trauma. Recife: Libertas, 2010.

LOWEN, A. Alegria: a entrega ao corpo e à vida. São Paulo:Summus,1997.

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Publicado

2018-06-01

Como Citar

Alves, J. P., & Correia, G. W. de B. (2018). Honrar o Corpo no Amor e na Dor. REVISTA LATINO-AMERICANA DE PSICOLOGIA CORPORAL, 5(7), 14–15. Recuperado de https://psicorporal.emnuvens.com.br/rlapc/article/view/69