Amor, Trabalho e Conhecimento: As Fontes da Vida
Resumo
Este artigo apresenta uma breve discussão a partir da concepção de Reich sobre as fontes da vida e no desenho do Zé Ninguém que retratou em livro com o título homônimo. Dialogando com Reich, o artigo traz a relação entre trabalho e prazer fundamentada na Teoria da Psicodinâmica do Trabalho de Christophe Dejours. Reflete-se sobre o tema, tendo como objeto central a saúde no sentido da capacidade do sujeito recuperar-se de possíveis adoecimentos e de fazer escolhas que o mantenham no contexto saudável da vida. O trabalho é entendido como fonte de saúde e doador de sentido para o sujeito. O conhecimento refere-se à sabedoria de fazer escolhas conscientes que promovam o bem-estar e o prazer. E o amor é entendido como a base necessária para que o sujeito possa acolher a vida e expressar suas emoções de forma adequada. As condições atuais de vida que convocam o sujeito ao individualismo levam-nos a pensar se haveria no mundo contemporâneo um Zé Ninguém tal qual Reich retratou séculos atrás e, se havendo, qual a possibilidade de a experiência do sujeito com o trabalho ser permeada pelo amor e pelo conhecimento. Há um convite expresso ao leitor para refletir sobre a relação com o trabalho enquanto autor da sua vida e comprometer-se com as estratégias que podem modificar o modo de gestão e funcionamento das relações no ambiente de trabalho que levam ao adoecimento A pesquisa teve como fonte de dados, publicações cientificas no google acadêmico, google e scielo e foi elaborada através de estudos bibliográficos.
Palavras-chaves: Amor. Trabalho. Conhecimento.
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